segunda-feira, 28 de junho de 2010

Capoeira


O grupo da Abefi trouxe ao evento, a cultura negra na forma de capoeira desenvolvendo atividades que retratam a realidade desta dança. A primeira atividade foi a “Maculele” apresentada com bastões. A próxima foi a “Puxada de Rede”, na qual foi utilizada uma corda como elemento. A terceira foi a Capoeira de Roda, através de golpes com duplas em meio de um grande círculo. As crianças desenvolveram um trabalho com o mestre Davi, entendendo além da técnica e história da capoeira, a inserção da cultura negra na sociedade atual.

Os dezoito pequenos, com idades entre 6 e 12 anos são: Ana Paula Fetter da Silva, Andressa Napivosk Vieira, Bruna Martins Dornelles, Mateus Guilherme fraga, Natalie Gabrielle Aguirre Rodrigues, Diandra Milena Barbosa Mello, Leonardo França, Paola Letiele Borges, Sara Juliane Fraca, Andressa Vitória Magalhães, Raí de Lima Pinto, Samanta Rosa de Oliveira, Thalia Soares, Otavio Vitalino de Souza Leite, Jéferson Ivan Lisboa, Anderson Felipe Magalhães, Michael Velosso dos Santos e Gabriela Fetter da Silva.


domingo, 13 de junho de 2010

Abram alas para a Império da São Jorge

Texto LEONARDO CUSTODIO MACHADO



Mariela Rodrigues esbanjando simpatia
Samba, carnaval e muito agito tomaram conta da Universidade Feevale, em evento realizado durante a Intercom Sul, no dia 17 de maio, na Rua Coberta do Campus II. Sob a iniciativa dos acadêmicos da disciplina de Marketing e Produção Cultural, orientada pela professora Maria Alice Bragança, o projeto trouxe um resgate da memória e identidade da comunidade negra de Novo Hamburgo. A escola de samba Império da São Jorge, atual campeã do carnaval de Novo Hamburgo, apresentou o enredo que a consagrou neste ano: “Água fonte da vida, preserve este tesouro”. Contando com um repertório diversificado, a escola trouxe consigo um grupo de 15 membros, entre eles: músicos, o intérprete César Senna, a passista Josiane Vaz, a porta bandeira Mariela Rodrigues e integrantes da bateria, orientados sob o comando do mestre de bateria Fábio Nunes.

A verde e rosa do Bairro São Jorge mostrou para o público da Intercom Sul a alegria e o ritmo intenso do carnaval, um dos movimentos símbolos da cultura negra da região. Sob o compasso do samba enredo e da bateria nota 10 da São Jorge, Josiane Vaz e Mariela Rodrigues dançaram e cativaram a atenção da plateia, que respondeu a altura, participando e interagindo com a Escola.

Caçula das escolas de samba de Novo Hamburgo, a Império da São Jorge conta atualmente com 450 componentes, de acordo com o presidente Cléber Luis Moreira. Sobre a iniciativa da realização deste projeto cultural, que contou com a apresentação do grupo de capoeira da Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial (Abefi) e do grupo de pagode Camisa Dez, Cléber Moreira afirmou: “Achei este evento muito importante, legal, porque faz uma interação da comunidade com o meio acadêmico, trazendo um pouco da nossa realidade para dentro da universidade. Acho que deveria ter mais eventos como este, foi uma boa iniciativa. Somos parceiros para estas atividades.”

A mais nova campeã

Sob a orientação do carnavalesco Sérgio Peixoto, a instituição fundada no dia 17 de setembro de 2004, já contabiliza resultados expressivos nas participações do carnaval de Novo Hamburgo. Além de ser detentora do título deste ano, a Sociedade Esportiva, Recreativa, Beneficente e Cultural Império da São Jorge obteve o terceiro lugar no ano de 2008 e a segunda colocação no carnaval de 2009. Neste ano, a Escola sagrou-se campeã pela primeira vez e, de quebra, conquistou o Estandarte de Ouro em nove das doze categorias avaliadas: diretor de carnaval, figurinista, melhor estandarte, harmonia, bateria, mestre sala, porta bandeira, passista masculino e passista feminino.

Carnaval e futebol na formação da história da etnia negra da região

O carnaval faz parte da história da etnia negra de Novo Hamburgo e da região, desde os carnavalescos do Bloco dos Leões, no final da década de 1920. É nesta época que surge o time de futebol Sport Clube Cruzeiro do Sul, mais precisamente no dia 18 de setembro de 1922. Formado somente por negros, a equipe teve sua primeira diretoria empossada no dia 22 de outubro do mesmo ano. Muitos dos integrantes do Cruzeiro do Sul participavam do Bloco dos Leões, que desfilava na Avenida Pedro Adams Filho durante as festas de carnaval. O bloco era marcado pela presença negra e contava, principalmente, com moradores do Bairro África (atual Bairro Guarani).

A necessidade por um espaço que propiciasse encontros, eventos, festas e atividades esportivas determinou a fusão entre o Bloco dos Leões e o Sport Clube Cruzeiro do Sul, surgindo a primeira associação negra de Novo Hamburgo: Associação Esportiva, Beneficente e Cultural denominada de Sociedade Cruzeiro do Sul.

O terreno e a sede situados no Bairro Primavera, em Novo Hamburgo, passaram a ser de propriedade da sociedade na década de 1940. A sede social do Cruzeiro do Sul abrigou durante muitos anos eventos e festas das famílias negras de Novo Hamburgo e arredores. Festas de aniversários, casamentos, batizados, almoços de confraternização e bailes marcaram a integração de muitas famílias negras.

O resgate da memória e identidade da comunidade negra de Novo Hamburgo passa pela história da Cruzeiro do Sul, mostrando a importância e o papel da cultura negra dentro do contexto histórico da cidade.

Público lota a Rua Coberta

Portela do Sul prestigia "Negras memórias"

















A direita: Clarice Ferraz Rodrigues

TV Feevale registra evento na Rua Coberta


domingo, 30 de maio de 2010

Fantasias simbolizam a presença das escolas de samba de Novo Hamburgo
















Da esquerda para direita: Andreíssa (porta bandeira da
Cruzeiro do Sul - Carnaval de 2010), Renata Ferraz (porta
estandarte da Portela do Sul - Carnaval de 2008), Emanuele
Santos da Silva (porta estandarte da Cruzeiro do Sul -
Carnaval de 2004) e Vinícius Costa (mestre sala da Cruzeiro
do Sul - Carnaval de 2010)






















Da esquerda para direita: Andreíssa (porta bandeira da
Cruzeiro do Sul - Carnaval de 2010), Fantasia da alegoria
"Água" (Império da São Jorge - Carnaval de 2010),
Emanuele Santos da Silva (porta estandarte da Cruzeiro
do Sul - Carnaval de 2004) e Renata Ferraz (porta estandarte
da Portela do Sul - Carnaval de 2008)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pagode encerra a programação

















Por último, o grupo de pagode Camisa Dez encerrou a programação, com 10 integrantes no palco embalando mais de 200 pessoas que ainda permaneciam na Rua Coberta do Campus II, da Universidade Feevale. Devido as suas várias apresentações pela região, a maior parte da plateia conhecia o repertório e cantou junto as músicas de maior sucesso do grupo.

Escola de Samba Império traz o carnaval



















O intérprete César Senna dita o ritmo da Escola



Após a capoeira, a Escola de Samba Império, do bairro São Jorge, de Novo Hamburgo, invadiu a Rua Coberta, parte central do campus II da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo. O grupo embalou centenas de pessoas com seu samba enredo Verde e Rosa. A porta bandeira defendeu o brasão da escola acompanhada de uma linda passista, que com muito samba no pé, trouxe o carnaval para a universidade em plena noite fria de outono.
A movimentação foi reunindo cada vez mais espectadores, que, após a primeira música, já caíram no samba e cantaram junto hits conhecidos do carnaval gaúcho e nacional.

















César Senna canta o samba enredo campeão da Império

Noite de exaltação à cultura negra

















Se inicia neste momento, na Universidade Feevale, as apresentações do projeto "Negras Memórias: Uma velha história sob um novo olhar". Os primeiros a se apresentar são as crianças do grupo de capoeira do projeto "Ação Encontro", da Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial. Com o comando do mestre Davi Ernani de Souza, cerca de quinze jovens capoeiristas realizam movimentos de luta e jogo ao som dos instrumentos típicos como berimbau, caxixi e pandeiro, na Rua Coberta, área central do Campus II, da Universidade Feevale.

"Negras memórias": a equipe de produção



segunda-feira, 10 de maio de 2010

Passeando pela Web...

Abaixo um link que achei num "passeio virtual" entitulado: Negras Memórias.

http://www.museuafrobrasil.com.br/downloads/revistanegrasnov06.pdf

Espero que gostem, eu pelo menos gostei!

Abraços a todos...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pagode



Uma batida conhecida por todos, ainda que com alguma restrição não há quem não identifique a musicalidade do pagode. O gênero musical começou no Rio de Janeiro a partir da cena musical do samba dos fundos de quintais. Este era o nome dado às festas que aconteciam nas senzalas e acabou tornando-se sinônimo de qualquer festa regada a alegria, bebida e cantoria, tudo isso em meados do século XIX.
O estilo musical sempre relacionado à alegria se consolidou justamente com uma feliz conquista para a comunidade afro, a abolição da escravatura. Onde havia a necessidade de compartilhar e construir a identidade de um povo recém liberto, e que precisava dar outra função ao corpo que até então é somente instrumento de trabalho.
Hoje o Rio de Janeiro é uma das cidades que mais possui grupos de pagode e que celebra esse tipo de ritmo que mistura alegria e gingado em uma só harmonia. Foi no final da década de 70 que a cidade começou a ser a grande entusiasta deste movimento. A palavra pagode no sentido corrente surgiu de festas em favelas e nos fundos de quintais cariocas que falavam sobre sentimentos de seus moradores. Mas com o decorrer do tempo o termo pagode passou a ser associado a festas em casas e quadras dos subúrbios cariocas, nos calçadões de bares do Centro e da periferia da cidade, todas regadas a bebida e com muito samba, trazendo a tão conhecida alegria deste estilo.
A década de 70 foi um marco para o pagode, foi depois deste século que começaram a surgir as tão conhecidas bandas deste estilo musical, essas com um repertório de improviso com canções românticas. Com o passar do tempo, o gênero passou a incorporar, outros tipos de instrumentos que até então não tinham nenhuma relação com o pagode, como o teclado. Na década de 1990, o pagode ganhou uma roupagem mais comercial, influenciado por outros gêneros como R&B e Soul, Samba-Rock, Funk carioca e Axé music, com grandes índices de vendagem. Hoje, este “pagode comercial” convive com o de raiz, e ambos têm sucesso no Brasil, de todas as suas formas, seja em rodas de pagode, ou em grandes festas com as bandas deste estilo.

A capoeira e a preservação da cultura negra

Misto de luta-jogo-dança praticada ao som de instrumentos musicais, a capoeira traz com sua história a origem da cultura negra. A arte marcial foi desenvolvida pelos escravos bantus de Angola durante o Brasil Colônia, sobretudo na Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. O termo capoeira é de origem tupi. Significa “mato cortado” (caá-puera) e virou sinônimo de luta e dança.
No Rio Grande do Sul, a arte foi desenvolvida pelo baiano Manoel Olímpio de Souza, o Mestre Índio. Nascido em Salvador em 1955, ele aprendeu a arte da capoeira com o seu pai aos seis anos de idade. O jogo do Mestre Índio é ensinado e praticado em vários estados brasileiros, bem como na Argentina, Austrália, Estados Unidos, França e Suíça.
Além de ser ensinada em academias, a capoeira é abordada por vários projetos sociais, desenvolvidos por professores, dando oportunidades e diversas crianças carentes. Em Novo Hamburgo, a capoeira iniciou com o Mestre Duda (José Feliciano da Silva Neto) em 1986. Por ser uma região de colonizadores alemães, o crescimento da capoeira passou por dificuldades, sofrendo preconceito da comunidade. Inicialmente, o trabalho na cidade começou em academias, criando um grupo chamado “Grupo de Capoeira Dança do matagal”. Após o início do grupo, começou a divulgar para a comunidade local uma cultura pouco conhecida e temida pelas autoridades locais.
A partir de 1988, Mestre Duda começou um trabalho social e comunitário com crianças carentes. Esse projeto era subsidiado pela Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo e tinha como objetivo resgatar a auto-estima e a história da trajetória dos negros em nossa região. Esse trabalho foi desenvolvido em algumas escolas do município de Novo Hamburgo.
A Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial (Abefi) desenvolve na cidade o projeto “Ação Encontro”, na Vila Palmeira, que recebe cerca de 80 crianças. O Mestre Davi Ernani de Souza coordena o projeto e ajuda a desenvolver nessas crianças o ritmo, a coordenação motora e a sensibilidade, auxiliando o crescimento pessoal e escolar de uma comunidade carente. Quando criança, Davi fez parte do projeto e hoje é um exemplo para as crianças que percebem que, com força de vontade, podem desenvolver sua cultura em seu trabalho.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Curiosidades sobre a história da comunidade negra de Novo Hamburgo
















Bloco do Leões - Década de 1930

O carnaval faz parte da história da etnia negra de Novo Hamburgo e da região, desde os carnavalescos do Bloco dos Leões, no final da década de 1920. É nesta época que surge o time de futebol Sport Clube Cruzeiro do Sul, mais precisamente no dia 18 de setembro de 1922. Formado somente por negros, a equipe teve sua primeira diretoria empossada no dia 22 de outubro do mesmo ano. Muitos dos integrantes do Cruzeiro do Sul participavam do Bloco dos Leões, que desfilava na Avenida Pedro Adams Filho durante as festas de carnaval. O bloco era marcado pela presença negra e contava, principalmente, com moradores do Bairro África (atual Bairro Guarani).

A necessidade por um espaço que propiciasse encontros, eventos, festas e atividades esportivas determinou a fusão entre o Bloco dos Leões e o Sport Clube Cruzeiro do Sul, surgindo a primeira associação negra de Novo Hamburgo: Associação Esportiva, Beneficente e Cultural denominada de Sociedade Cruzeiro do Sul.

O terreno e a sede situados no Bairro Primavera, em Novo Hamburgo, passaram a ser de propriedade da sociedade na década de 1940. A sede social do Cruzeiro do Sul abrigou durante muitos anos eventos e festas das famílias negras de Novo Hamburgo e arredores. Festas de aniversários, casamentos, batizados, almoços de confraternização e bailes marcaram a integração de muitas famílias negras.

O resgate da memória e identidade da comunidade negra de Novo Hamburgo passa pela história da Cruzeiro do Sul, mostrando a importância e o papel da cultura negra dentro do contexto histórico da cidade.

Camisa Dez


Camisa Dez


Império da São Jorge


Porta-Bandeira da Império da São Jorge
Porta bandeira da Império da São Jorge

Escola Império da São Jorge


Músicos da Império da São Jorge

Escola de Samba Império da São Jorge























Carro alegórico da Império da São Jorge - Carnaval de Novo Hamburgo 2010

Escola de Samba Império da São Jorge



















A Sociedade Esportiva, Recreativa, Beneficiente e Cultural Império da São Jorge vai se apresentar no próximo dia 17 de maio, às 20h20min, na Rua Coberta, no Campus II, da Universidade Federal.













segunda-feira, 29 de março de 2010

XI Congresso Intercom Sul 2010


O XI Congresso Intercom Sul 2010 será sediado na Feevale, em Novo Hamburgo, RS e tem como tema Comunicação, Cultura e Juventude.

Com o objetivo de enriquecer a discussão sobre temas inovativos na pesquisa em Comunicação, convida pesquisadores da área a enviarem artigos para as Divisões Temáticas.

Divisões temáticas:


1. Jornalismo;
2. Publicidade e Propaganda;
3. Relações Públicas e Comunicação Organizacional;
4. Comunicação Audiovisuall;
5. Multimídia;
6. Interfaces Comunicacionais;
7. Comunicação, Espaço e Cidadania;
8. Estudos Interdisciplinares.

Datas importantes:


Prazo para envio: 03/03/2010 a 12/04/2010
Pagamento de boleto de inscrição para envio de artigos: 07/04/2010
Comunicação de aceites: 22/04/2010

Podem enviar artigos ou comunicações científicas para as DTs: Doutores, doutorandos, mestres, mestrandos, graduados, pós-graduados, estudantes de especialização, professores e profissionais.

Site do evento: http://www.feevale.br/intercomsul
Mais informações: congressos.regionais@intercom.org.br